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quarta-feira, 14 de junho de 2017

Tarde pantaneira


No muro do horizonte o sol desaparece a última gota escarlate.
A tarde, idosa, fenece.
Manguaris grasnam com voz plangente.
Gaivotas piam, roçagando as águas,
Arapongas proferem seus últimos estrídulos chamados no silêncio soturno da mata,
A avifauna se recolhe,
Os lírios brancos de flores lilazes quindagorinha boiavam à flor da água, desaparecem sobre o negro cobertor;
É possível ouvir o choro da noite recém-nascendo.
O tapete de faróis luminosos forra o rio.
É a única luz depois dos vagalumes volitando a pele escura da noite
Luz da usina jacarés.
É hora da sinfonia dos sapos.

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