Translate

sábado, 9 de julho de 2016

BATAGUASSU - CAPACITAÇÃO PARA O MOBRAL - 1985

Os cursos de formação profissional para professores, seja onde for, sempre pedem uma autoridade no assunto, assim trazem novidades, atualizando a classe. Esta fotografia, feita na "Escola Marechal Cândido Rondon", mostra o então professor Mongelli, respeitável educador sul-matogrossense numa grande aula para os professores do Movimento Brasileiro de Alfabetização (MOBRAL). A professora Vanilda Ricartes (sapato vermelho) era a Secretária Municipal de Educação na época.

O Movimento Brasileiro de Alfabetização (MOBRAL) foi um órgão do governo brasileiro, instituído pelo decreto nº 62.455, de 22 de Março de 1968, conforme autorizado pela Lei n° 5.379, de 15 de dezembro de 1967. 
A criação do MOBRAL, durante o regime militar, é considerada como uma resposta ao método de alfabetização de adultos preconizado pelo educador Paulo Freire que se tornara persona non grata ao regime. O marco de seu projeto teve início em Angicos, no Rio Grande do Norte, então denominado "De pé no chão também se aprende a ler". De todo modo, o método de alfabetização usado pelo MOBRAL era fortemente influenciado pelo Método Paulo Freire utilizando-se por exemplo do conceito de "palavra geradora". A diferença é que o Método Paulo Freire utilizava palavras tiradas do cotidiano dos alunos, enquanto, no MOBRAL, as palavras eram definidas por tecnoburocratas.
Vinculado ao Ministério da Educação e Cultura era o órgão executor do Plano de Alfabetização Funcional e Educação Continuada de Adolescentes e Adultos, cujo principal objetivo era o de promover a alfabetização funcional e educação continuada para os analfabetosde 15 anos ou mais, por meio de cursos especiais, com duração prevista de nove meses.
Embora formalmente criado em 1968, o MOBRAL só foi efetivamente implementado a partir de 1971.
Durante mais de uma década, jovens e adultos frequentaram as aulas do MOBRAL. A recessão econômica iniciada nos anos 80 inviabilizou a continuidade do programa. A partir de 1985, com o fim do regime militar, a Fundação Movimento Brasileiro de Alfabetização (MOBRAL) passou a se chamar Fundação Nacional para Educação de Jovens e Adultos - EDUCAR. Em 1990, a Fundação EDUCAR também foi extinta.

BATAGUASSU: 36 ANOS DE EMANCIPAÇÃO POLÍTICA

Desfile cultural em homenagem aos 36 anos de Bataguassu, ocorrido em 1990. Na fotografia, só reconheço Maikel Botelho e o filho mais velho da Srª Neuraci Herestek (trajados com roupas folclóricas de portugueses) Tenho impressão que, ao fundo, de camiseta branca e calça preta, segurando uma bola, é Alexandre Wisney de Mattos, filho da Profª Eva.

Nota-se a área urbana ainda familiarizada com o verde das árvores, muitas delas frutíferas, graças aos quintais e quarteirões amplos, numa época em que a Cia São Paulo Mato Grosso vendia os lotes a preços abaixo do mercado para atrair moradores.
A imagem revela ainda a presença das antigas casas de madeira, as quais estão ficando cada vez mais escassas em Bataguassu, cedendo espaço para as modernas construções em alvenaria de tijolos e concreto. Vemos, na esquina, a farmácia do "Velho Kavanami", já falecido nesta época, e a Escola Estadual Manoel da Costa Lima em seu formato original.