Os cursos de formação profissional para professores, seja onde for, sempre pedem uma autoridade no assunto, assim trazem novidades, atualizando a classe. Esta fotografia, feita na "Escola Marechal Cândido Rondon", mostra o então professor Mongelli, respeitável educador sul-matogrossense numa grande aula para os professores do Movimento Brasileiro de Alfabetização (MOBRAL). A professora Vanilda Ricartes (sapato vermelho) era a Secretária Municipal de Educação na época.
O
Movimento Brasileiro de Alfabetização (MOBRAL) foi um órgão do governo brasileiro,
instituído pelo decreto nº 62.455, de 22 de Março de 1968, conforme autorizado pela Lei n° 5.379, de 15 de dezembro de 1967.
A
criação do MOBRAL, durante o regime militar, é considerada como uma resposta ao método de alfabetização
de adultos preconizado pelo educador Paulo Freire que se tornara persona non grata
ao regime. O marco de seu projeto teve início em Angicos, no Rio Grande do Norte, então denominado "De pé no chão também se aprende a ler". De todo modo, o método de alfabetização usado pelo MOBRAL era
fortemente influenciado pelo Método Paulo Freire utilizando-se por exemplo do conceito de "palavra
geradora". A diferença é que o Método Paulo Freire utilizava
palavras tiradas do cotidiano dos alunos, enquanto, no MOBRAL, as
palavras eram definidas por tecnoburocratas.
Vinculado
ao Ministério da Educação e Cultura era o órgão executor do Plano
de Alfabetização Funcional e Educação Continuada de Adolescentes
e Adultos,
cujo principal objetivo era o de promover a alfabetização funcional e educação continuada para os analfabetosde 15 anos ou mais, por meio de cursos especiais, com duração
prevista de nove meses.
Durante
mais de uma década, jovens e adultos frequentaram as aulas do
MOBRAL. A recessão econômica iniciada nos anos 80 inviabilizou a continuidade do programa. A partir de 1985, com
o fim do regime militar, a Fundação Movimento Brasileiro de
Alfabetização (MOBRAL) passou a se chamar Fundação Nacional para
Educação de Jovens e Adultos - EDUCAR.
Em 1990, a Fundação EDUCAR também foi extinta.
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