Desse
topo de rocha e ferro contemplo o rio Potengi,
Meu
pensamento se inunda com as águas dos rios Pardo e Paraná,
É
belo o rio potiguar, mas descomparado aos que molharam a minha
infância...
Não
bastasse as sinuosas recordações, vejo, ribeirinho, o trem,
lento, serpenteando...
No
outro lado se espraia o mangue,
A
paisagem verde aquosa me transporta aos varjões de Bataguassu.
Não bastasse o devaneio, descortina a ponte da Redinha onde o Potengi miscigena-se em atlântico...
Mais uma vez as recordações trilam forte.
Emerge o rio Pardo em confluência com o rio Paraná, sob a Ponte Maurício Joppert.
Não
bastasse, singra a barquinha vagarosa no rio dos potiguares, cópia
fiel das chalanas no rio Paraguai.
Tudo
quer ser igual, mas não sinto o cheiro do pequi e o gosto da
goivira.
Os
cachorros d'água e seu olhar de ternura.
O
velho Paraguai com seu bigode de arame desenhando histórias de
bichos.
O
círculo de tererê gelado na guampa de boi.
Verdade... as
belezas germinadas na infância florescem eternas
Estejamos onde estivermos.
Estejamos onde estivermos.