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quarta-feira, 27 de julho de 2016

O SURGIMENTO DE UMA ESCOLA... A MANOEL DA COSTA LIMA

Em 1989, organizei a exposição de um acervo que juntei ao longo do tempo sobre a História e a Memória de Bataguassu. 
Para enriquecer a mostra, contei com a sensibilidade de alguns moradores mais antigos, reunindo objetos/materiais/documentos de pessoas como D. Kimie Kavanami de Lima, Sr. Ambrósio, Dona Olga, Sr. Aparício, D. Guiomar Cardoso, meu pai, José Amaro Freire, Sr. Kubik, D. Diva Câmara, enfim de várias pessoas. 
A exposição foi um sucesso, e todas as escolas prestigiaram, conforme mostram as fotografias.
Quando estive em Bataguassu, há 12 meses, deparei-me com esse velho documento denominado: "Registro de Matrícula e Frequência de Alunos", da "Escola Mista Rural Vale do Ivinhema", em Bataguassu, ano: 1946, o qual esteve na exposição. Era a semente do que se tornaria muitos anos depois a Escola Estadual Manoel da Costa Lima.  Não estou dizendo que a EEMCL surgiu em 1946. Muitos anos antes de Jan Antonin Bata aparecer na área, já existiam algumas escolas subordinadas a Rio Brilhante pelas redondezas, inclusive na Fazenda Uerê. Como Bataguassu era distrito desse município, à época, a "Escola Mista Rural Vale do Ivinhema" era uma delas. Muitas eram meros ranchos.
Quem pensa que a EEMCL foi a primeira escola de Bataguassu está enganado, mas, inegavelmente, a "Escola Mista Rural Vale do Ivinhema", por estar situada na área que futuramente se tornou o centro de Bataguassu, pode ser considerada o croqui da EEMCL.
Com relação ao documento, trata-se de um material muito rico em informações, pois além de revelar os nomes dos alunos da época, traz os nomes dos pais, as idades, os endereços, as funções dos pais etc.
Revendo essas velhas fotografias, resolvi construir esse texto. Não trago nada de novo (exceto para quem não conhecia esses detalhes). E para ajudar, contextualizei com o registro de alguns episódios da nossa velha escola.

Inauguração da Escola Manoel da Costa Lima - Nesse dia, Edite Bata,  filha de Jan Antonin Bata descerrou a fita que a inaugurava.
Assim teve início a Escola Manoel da Costa Lima - Muito tempo depois, esse acanhado pátio foi fechado para dar origem a mais duas salas de aula. Nos fundos construíram um pátio que pegava de um lado ao outro. Depois o lado direito recebeu degraus e  uma porta, transformando-se na Sala de Professores (ainda desfrutei dessa arquitetura). Para saber o ângulo dessa fotografia, imagine que você estava defronte ao "Clube do Didi" e deu um 'click'.
Esse era o cenário da época
Edite Bata no momento da inauguração junto às demais autoridades.
Escola Estadual Manoel da Costa Lima, construída durante a gestão de Ênio Martins;aspecto moderníssimo para a época (Acervo: S. Oliveira)
Muito tempo depois foi erigido um moderno e amplo prédio (Acervo: S. Oliveira)
Como se faz até hoje, os desfiles cívicos percorriam as principais ruas. Aqui passa pela Avenida Campo Grande.
Essa fotografia mostra dois momentos da Manoel da Costa Lima. O primeiro é aquele espaço que vimos acima, inaugurado pela filha de Jan Antonin Bata (observe que já havia sido ampliado); à direita vemos o moderno prédio.
Novamente passando pela Avenida Campo Grande, mais um desfile cívico, há 52 anos.

Flagrante de um momento educativo no interior da "Manoel".
Alunos da Escola Manoel da Costa Lima acompanhados de alguns professores. Da direita para esquerda reconheço minha irmã, Lúcia Freire Mainente, Lúcia Thomazine (dona da foto), Bertoni, e os demais não me lembro.

Registro de um dia aparentemente calmo Escola Estadual Manoel da Costa Lima
 A história dessa escola é mais ou menos assim... primeiro foi lançada a semente, depois vieram as vergônteas e os galhos se enrijeceram. Formou-se a árvore que deu outros galhos, muitas flores e frutos, e esses frutos continuam se espalhando sob as mais diversas nuanças. Não tem fim...
Em primeiro plano, "sala dos professores" seguida das salas de aulas. Essa é a parte mais antiga da escola, oriunda daquele espaço que foi inaugurado pela filha de Bata, conforme fotografia anterior (Acervo S. Oliveira).



O povo assistindo a mais um desfile da EEMCL, defronte ao coreto de madeira da Praça Jan Antonin Bata. O prédio, em destaque, era do Sr,"Monoel Alemão", futura "Mercearia do Vilela". A construção de madeira, adiante, era a casa do Sr. Expedito, vigia da antiga prefeitura. Era esposa da D. Francisca (pais do "Curió"). Ali, nessa ocasião, funcionava o Comitê do "MDB" de  Ênio Martins, conforme estampam o letreiro de Borges Berto.
EEMCL em desfile (Acervo: S. Oliveira).