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segunda-feira, 19 de junho de 2017

Queixadas

O jatobazeiro seco tombou na mata do rio Pardo
Gravetos estalaram
Galhos rangeram
Cipós despencaram
Houve amedrontamento da fauna
Os pássaros adejaram, soltando trilos desesperados
A manada de queixada eriçou as cerdas e estourou dali
Grunhe e matraqueia, amedrontada, no túnel de arbusto
Anda, trota e salta tocos marginando o pântano
Bate o queixo e os dentes, enlouquecida
O silêncio volta
A mata tem desses sustos

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