A
chalana preguiçosa risca o Paraguai,
Desregulando
os seus contornos;
Lontras
e ariranhas vestem seus furos na barranca;
As
águas douradas rolam em curso largo,
Pintadas
pelo por do céu.
Logo,
os reflexos de púrpura dissipam a tarde;
Os
jaburus foram os últimos a encher as árvores,
Já
não se vê o sulco da embarcação;
A
noite tem espessura de piche
E
a água foi aplainada pelo silêncio.
É
hora dos jacarés acenderem seus olhos na lâmina do rio;
Os
vaga-lumes infestam de lâmpadas o esmo negro.
Há
um perfumamento de lírio borrifando a noite,
Amanhã
tudo amanhece Pantanal.
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