Havia
nobreza naquela árvore:
Escorria
vidro
Vidro
mole igual a mel de abelha
Depois
vitrificava
(Isso
quer dizer endurecia)
Não
igual ao que Trimálquio conta em Satiricon
Mas
ao ponto pedra.
Uns
homens sabidos chegados de Ponta Porã
Inventaram
dizer
Resina,
âmbar, pez...
Era muito cientificoso o palavreado
Eu
preferia acreditar na vizinha alemã:
Aquilo
é choro de árvore
Como
sempre fui descobridor
Descobri
que mergulhando o vidro na água
Magicava
verniz
Magicava
cola
Tudo
eu colava com vidro mole
Tudo
eu envernizava com vidro mole
Tornei-me
amolecedor de vidros na temporada das pipas
Como
disse Lavoisier
Na
natureza, tudo que é mole, endurece, e depois amolece...
E
se quiser reendurece.
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